Wednesday, September 28, 2011

Como fazer a redistribuição dos custos fixos quando a produção é ainda muito pequena


Na modelagem de formação de preços que tabulamos para os empreendedores em moda estamos agora apresentando a mesma lógica, com uma pequena variação, para ser praticada enquanto a produção ainda está atravessando a fase heróica da sua afirmação, quando o faturamento ainda é de menos de cem peças mensais.
Todos nós concordamos que o custo fixo deverá ser distribuído de forma diferenciada conforme um modelo seja “mais fácil” (mais rápido ou mais barato na facção) ou “mais difícil” (lento na produção ou mais caro na facção) de ser produzido. Então qual seria a diferença?
A diferença está situada fundamentalmente nos níveis de ponderação. Assim, a tabela, nos iniciantes deveria a seguinte distribuição:
1.       Imaginemos um custo fixo igual à R$ 4.200,00
Ponderação de rateio dos Custos Fixos
Dificuldade
Nível de rateio
Valor em Custo Fixo
1
0,5
R$  420,00
2
1,0
R$   840,00
3
1,5
R$ 1.260,00
4
2,0
R$ 1.680,00
Total
5,0
R$ 4.200,00

2.       Se a meta de vendas for a que segue o rateio por peça seria:

Rateio dos  Custos Fixos por peça
Dificuldade
Metas de vendas
Custo Fixo por Peça
1
80 peças
R$    420,00÷80= R$ 5,25
2
50 peças
R$    840,00÷50= R$ 16,80
3
30 peças
R$ 1.260,00÷30= R$ 42,00
4
15 peças
R$ 1.680,00÷15= R$ 112,00
Total
5,0
R$ 4.200,00

3.     Quem vende pouco tem que vender produtos percebidos pelo consumidor como de alto valor agregado. Os mais caros é que simbolizam o produto que se tem que expandir mais acentuadamente.
É isso aí gente! Vamos em frente cada vez com mais vontade!

Monday, September 19, 2011

Se a solução ideal não está no mercado, onde ela estaria?

Temos observado com frequência uma justa decepção quando um produtor de moda busca uma facção confiável ou uma costureira externa que esteja minimamente estruturada para uma relação continuada de negócio. Isso é explicável. Todos, fornecedores e terceirizadores, passaram por decepções contínuas e grandes prejuízos mútuos. Quase todos criaram, a partir daí, uma barreira de desconfiança difícil de superar e de permitir uma transação sadia.
Por outro lado, sem uma relação amigável de parceria o pequeno empreendedor se sobrecarrega, inflaciona custos com retrabalho e inviabiliza os seus negócios.
Esse loop parece não ter fim. Eu não cresço porque não tenho como terceirizar e porque eu não tenho como terceirizar, eu não cresço.
No mercado não encontramos a solução ideal. Então, como encontrá-la?
Durante o curso vamos detalhar bastante esse assunto. Mas, vamos dar três pistas na busca de uma solução:
1.       Não inicie um capital de relacionamento no mesmo momento em que está realizando um negócio. Primeiro o contato, o relacionamento, depois o negócio. Desta forma vai se formando uma primeira seleção. Alguns serão recusados logo após o primeiro contato. Outros serão experimentados. Crie um motivo para que o prestador do serviço possa te atender bem. Lembre-se. Quem vende pouco tem que atuar na escala de valor. Ao longo do tempo você vai criando um cadastro que contempla os melhores prestadores.
2.       Organize as informações e os materiais. Construa um protótipo que seja esclarecedor e que não necessite de alterações verbais. Torne o seu trabalho o mais compreensível possível para quem vai executá-lo.
3.       Crie uma equipe produtora de protótipos que funcionará como o embrião de formação das suas costureiras externas. Essas costureiras começaram do zero até a perfeição profissional. Estabeleça um clima organizacional onde seja prazeroso trabalhar com você. Cative e prepare. Depois libere e reconheça. Em dois anos você terá a equipe mais fechada com você no mercado. Haja venda para tanta produção!
Parece trabalhoso, mas dá resultado. Tem sempre alguém fazendo desse jeito. Não é por acaso que são os vencedores.
Gerson Abranches

Thursday, September 15, 2011

Livia Vassali relata o seu case de empreendedorismo




Olá, sou a Livia Vassali, uma carioca com tempero mineiro. Na verdade nasci no Rio há 28 anos e logo fui para uma cidadezinha no interior de MG, chamada Leopoldina.
Se comparada ao RJ, Leopoldina seria aquele gostoso quintal de casa... um pedacinho de paz apenas algumas horas daqui!
Morei lá até meus 20 anos, deixando pra trás minha faculdade de contabilidade (ainda no meu 2º período), alguns de “muitos” e bons amigos e, principalmente, a convivência em família. Necessário, porém, pra dar o meu primeiro passo rumo ao meu “Sonho de Sucesso”, minha tão sonhada empresa de MODA.

Formei-me em 2005 na faculdade de MODA através do IZA/UVA, em seguida fiz uma pós-graduação em Administração de Marketing e Comunicação Empresarial, fiz vários cursos também de Modelagem, Planejamento e Controle de Produção - no Cetiqt, Negociação (FGV/SP) e entre tantos outros pelo Sebrae/EAD.
Em 2008 apoiei um sonho em comum a um sócio (investidor) e montamos uma loja nessa cidade de Minas, alguns meses depois estamos montando uma confecção e rapidamente tínhamos 12 colaboradores (10 na confecção e 2 na loja).
Planejamento pronto para expansão e etapas sob controles, tínhamos clientela, excelente estrutura, pedidos e boas vendas. Porém havia alguns obstáculos a quais não prevíamos e não nos planejamos: a falta de conhecimento em administração prática, estávamos distantes fisicamente da empresa e principalmente, como a maioria das pessoas iniciamos nessa empreitada sem largar nossos empregos. Que, por sinal, eu estava numa temporada de 1 ano em SP e ele continuava aqui no RJ.
Viajávamos todos os finais de semana pra lá, seja pra analisar o desempenho da semana, a produção, as vendas e ainda pra “tentar” buscar mais peças pra atendermos aos pedidos de clientelas especificas.
No final das contas, na prática percebemos que mesmo contratando pessoas capazes e competentes para as funções designadas, só isso não era o suficiente. Os funcionários por não ter uma referência de uma figura de liderança eram inseguros e sem iniciativa, mesmo colocando um administrador na confecção, não tê-lo naquele ambiente seria a mesma coisa na percepção dos demais.
Falando um pouco do perfil dos sócios?
Eu: formada em moda, entendo e costuro desde os 7 anos de idade, vida profissional (comecei a trabalhar com 14 anos) voltado para o atendimento ao público, vendas e gestão (análise de números e planejamento estratégico). Conteúdo teórico e prático no negócio de moda e “achismos” em administração.
O sócio: sonhador, excelente gerente de projetos e vontade de crescer. Porém muito ambicioso além de ansioso demais e sem noção nenhuma de administração, acreditando mais nas possibilidades do que nas realidades.
A empresa durou na verdade de set/08 a março/09, quando demitimos e encerramos a atividade total. Ficou fechada até a tomada de decisão de romper a sociedade e eu assumi apenas a loja reinaugurada em jun/09. De lá pra cá tenho tentado com recursos próprios de meu salário manter o estoque e capital de giro, na esperança de assim equilibrar vendas x compromissos financeiros.
Atualmente posso contar com o recurso de minha madrinha, porém somente até Dez/11 onde temos o prazo de reavaliar o negócio e fazê-lo caminhar com recursos próprios.
Tenho clientela que busca novidades, tenho matéria prima para produção de novas peças e reposição de estoque, um excelente ponto comercial e de baixo custo, boa vendedora e minha mãe por morar lá, consegue passar pela loja todos os dias para verificar as necessidades e “olhar” o andamento da mesma.
Meu objetivo é estruturar a loja, dando o subsídio necessário para ela caminhar com os próprios recursos expandindo a ponto de justificar voltar com a confecção própria e expandir para demais cidades, além de fornecer para algumas lojas de sinergia com a moda a qual fazemos.
Minhas principais dificuldades estão na administração da empresa, no controle e gestão de vendas, estoque, contas a pagar, controle de recebimentos futuros (vendas a prazo), etc...
Esse curso representa pra mim um grande passo nessa caminhada, onde assumo de fato minha falta de conhecimento em administrar, porém um marco decisório na minha força e certeza de sucesso.
Estou empenhada a escutar, aprender, praticar e prosperar!

Obrigada pelo espaço e obrigada por me proporcionar esse enorme aprendizado,
Livia Vassali
13/set/11

Wednesday, September 7, 2011

Gerenciando as nossas mudanças pessoais

O empreendedorismo consciente deriva-se do gerenciamento inteligente das mudanças estratégicas que estaremos processando em nossas próprias vidas. Nós somos, até certo ponto, governados pelas normas dos grupos a que pertencemos. Por isso nosso esforço empreendedor não está apenas no cognitivo. Fatores emocionais nos impedem, por intermédio de um acorrentamento invisível, mas psicologicamente desmontável, de alterarmos o curso da nossa existência. Por isso nossa competência empreendedora passa por quatro dimensões específicas:

1.       Cognitivo: projetar a mudança;
2.       Comportamental objetivo: ter a atitude de transformar o projeto em ação;
3.       Comportamental subjetivo: desenvolver uma intimidade amigável com o risco calculado.
4.       Comportamental criativo: desenvolver diferenciais de projeto pelo talento pessoal.
Essa combinação entre o comportamental e o cognitivo nos permite reescrever o script que nos leva da condição de um simples coadjuvante a protagonista de alto desempenho.
Busquemos esses quatro passos na medida em que o curso vai transcorrendo.